terça-feira, 29 de março de 2011
show Léo Versolato e convidados
terça-feira, 22 de março de 2011
Festival Tropicália
terça-feira, 15 de março de 2011
Funk Carioca - (Estreiando a) Sessão sem Foco!
Sentado em duas poltronas com seu boné de tricô azul bebê, blusão escrito "Onbongo Staff" e calça de veludo verde musgo da Cyclone. Se fosse só isso, tudo bem, mas não! O funkeiro nunca se cansa de ser inconveniente. Como se fosse um pré-requisito para ser chato o funkeiro carrega, impreterivelmente, um Motorola V3 pendurado em seu pescoço tocando no mais alto volume "Parrrapapapa papa papa..papa" O motivo? Eu tento explicar...
Segundo estudiosos, o funk carioca - que nada se parece com o funk americano - surgiu nos anos 80 nas periferias do Rio de Janeiro em forma de baile, a priori em lugares fechados, posteriormente tomando as ruas e se tornando palco de disputas entre equipes. Dali sagravam-se as melhores aparelhagens de som, os melhores Dj's e os mais fiéis componentes das equipes.
Mas não,... ainda não tinha todo esse apelo sexual. Na época a maior influência era o rap, ou melô como era chamado, o freestyle (ato de improvisar rimas) e o Miami Bass. E é aqui que começa a pornografia sonora. Miami Bass, ou "som de Miami", é um tipo de hip-hop muito popular na gringa nos anos 80 e 90, derivado do Eletro (que deu base a TODOS funk's cariocas!) e que levava em suas letras um conteúdo explicitamente sexual.
A popularização do funk entre as comunidades cresceu, os bailes foram ficando cada vez maiores e o funk foi, cada vez mais, sofrendo preconceito. Como todos se lembram nos anos 90 os bailes funk se tornaram famosos por causa dos "corredores", espaço que se abria no meio baile onde as galeras de diversas comunidades se dividiam em dois grupos, os lados A e B, resultando quase sempre em brigas e algumas vezes em vítimas fatais. A ameaça constante de proibição dos bailes no Rio e as mortes causadas levaram à uma grande conscientização funkeira, que resultou em músicas como "som de preto" e o "funk melody", seguindo a linha do funk melody americano com letras mais românticas e batidas mais calmas. Como referência a esse movimento temos, nada mais nada menos que o glorioso, Latino, pra se ver a beleza que era o Funk Carioca em meados de 1995! (sic)
Essa conscientização e o novo "funk melody" fizeram com que o funk "descesse o morro" e começasse a tocar em rádios, nessa época surgem Claudinho e Bochecha e outros. Paralelo a isso, o funk ainda era uma música da comunidade carente do Rio e o tráfico se apoderava desse "veículo informativo" para exaltar suas conquistas e provocar inimigos, os "alemão". Nascia assim o "proibidão" que posteriormente ganharia cada vez mais conotações sexuais, até chegarmos à Tati Quebra-Barraco, que é o fim da picada, literalmente. (sic)
Durante os anos de 2007/08 o Rio de Janeiro movimentou cerca de R$ 10 milhões por mês, só com o Funk!
Por fim, como todos sabem, de novo, o funk desceu de vez dos morros, dominou todas as classes sociais do país e sofreu associação com putaria, drogas e armas. (Qualquer semelhança com a política é mera coincidência!)
Só pra constar, em Setembro de 2009 a Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro aprovou projeto definindo o funk como movimento cultural e musical de caráter popular.
Portanto, meu queridíssimo leitor, respeite o funkeiro! Porque ele é parte integrante e ativa de um "movimento cultural e musical de caráter popular" e seu trabalho é, mesmo que inconscientemente, infestar a sociedade com suas ideologias politicamente incorretas!
Participe você também da campanha: "Dê um fone de ouvido a um Funkeiro e faça um ônibus feliz!"
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
sobre o bombardino
Aposto que todos estão se perguntando por que o nosso blog tem esse nome. “Bombardino”. Pra quem não sabe, o bombardino é um instrumento musical da família dos metais; este retratado aí ao lado direito, na ilustração.
E por que este nome, que logo de cara remete apenas à música, sendo que este blog é um espaço para todos nós, alunos do curso de música, moda, artes e relações internacionais?
Bem, tudo começou em 2007, quando o Teatro Escola Célia Helena fez uma parceria com a FASM, para a montagem da peça “Esta Noite Improvisaremos”, de Luigi Pirandello. Os alunos do teatro escola precisavam de ajuda para compor e executar os arranjos da peça em questão. Alguns alunos de música, então, entraram no projeto e tinham o apoio da faculdade para eventuais empréstimos de equipamento ou instrumento que precisassem para este espetáculo. Um dos instrumentos emprestados pela faculdade era um bombardino, que estava sendo usado em todos os ensaios. Em um infeliz episódio, um dos alunos que fazia parte do conjunto musical do teatro, transportando os instrumentos, julgou que o estojo do bombardino estivesse fechado, e o segurou pela alça. O estojo estava aberto, e o instrumento caiu e amassou todo. Como o empréstimo foi feito em nome dos alunos, obviamente a faculdade cobrou o conserto do instrumento – que, diga-se de passagem, não ficou barato.
Os alunos, então, sensibilizados com a história, resolveram ajudar. Assim foi criado “O Bombardino”, uma publicação impressa feita exclusivamente pelos alunos de música do curso da FASM, organizado pelo Centro Acadêmico. O custo de impressão era pago pela faculdade, assim ele poderia contar com contribuições simbólicas dos leitores, que ajudariam nos custos do conserto do bombardino (instrumento, e não publicação! haha).
Este jornal, além de ter esta função de “ajuda de custo”, foi extremamente importante como veículo de comunicação entre os alunos. Era um espaço aberto para todos escreverem sobre o curso, sobre música, artes, assuntos em geral, divulgar seus shows, exposições, etc; e também um meio de todos os alunos de todos os cursos saberem o que estava rolando.
Acontece que pouco antes de sua terceira edição sair, um episódio polêmico e ultrajante tomou conta da faculdade, envolvendo alunos, professores e funcionários. Como o assunto (que num próximo post explicarei mais detalhadamente) paralisou toda a FASM e foi veiculado inclusive em jornais como a Folha de São Paulo, nós alunos acreditamos então que era necessário comentá-lo na nossa própria publicação, inclusive para que todos soubessem do andamento dele. Porém, quando a edição ficou pronta e só estava esperando o “ok” da direção para ser impressa, ela foi CENSURADA.
Sim, num país de livre imprensa, numa faculdade de artes, o jornal foi censurado, e o apoio financeiro do jornal foi cortado. Assim, os alunos fizeram sua impressão do mesmo jeito, com a ajuda que cada aluno pudesse fornecer.
Infelizmente, o Centro Acadêmico de música de 2008 não deu continuidade à publicação.
Felizmente, o Centro Acadêmico atual reconhece a importância deste espaço e está cuidando para que o blog “O Bombardino” cumpra a mesma função do seu extinto pai, impresso.
Primeiro
Buscamos aqui também um lugar para que se possa discutir de forma mais profunda a rotina da faculdade: Os problemas, os bons momentos, as festas, as pessoas, etc. Tudo o que concordamos ou não, mas nunca nos unimos como um grupo para chegar a um consenso, uma atitude de grupo, ou no sentido de se encontrar como tal.
Esperamos atingir nossos objetivos, afinal de contas acreditamos que toda a faculdade tem a ganhar com isso.
E assim começa...